terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O mar

Tocando - Nada. A única coisa que ouço no momento é o crepitar de deliciosos pães de queijo assando no forno. Sim, eu escrevo na mesa da cozinha.




Ele ficou ali  na beira do mar, onde as ondinhas pequeninas vinham com preguiça até a borda de areia molhada, contemplando aquela imensidão de água por umas três horas. Havia chegado cedo e fazia tempo que não via e curtia a praia.
Há algum tempo ele só conseguia pensar num nome. Nome esse que vinha à cabeça quando menos esperava, mas que quando o fazia, arrancava-lhe sorrisos despreocupados que o faziam voltar à realidade e ele se dava conta que de que estava fazendo aquilo de novo: pensando naquele nome.
Será que era hora de se entregar àquela aventura? Será que o que ele havia esperado há tanto tempo havia chegado?
Ele ainda estava em dúvida quanto à isso, pois sabia bem que as pessoas não se apaixonam assim tão rápido e daquela forma. Mas e se dessa vez com ele fosse diferente?
Para ele era errado cair em contradição quando o assunto era relacionamento amoroso. Ele sempre tinha uma opinião formada quanto à isso, de que era tudo muito chato, meloso e turbulento. Sempre dizia que esse tipo de coisa acabava com a vida social de todas as pessoas, pois tinha amigos que havia acontecido exatamente isso: depois que começaram a namorar sumiram completamente da face da Terra.
Mas e se ele se arriscasse? Afinal, ele sentiu que dessa vez poderia ser diferente. Ele sabia que não podia entregar-se por completo, mas que podia colocar um pé à frente daquele penhasco desconhecido que, ou ele se jogava de uma vez e a queda seria indolor, ou ele podia bater pelas pedras que acompanhavam o caminho da descida.
Resolveu tomar um banho de mar, levantou e caminhou até onde não dava mais pé, passando pelas ondas relaxando o corpo e deixando-se levar pela correnteza. Viu que ali onde estava era perigoso demais e decidiu voltar, sentou exatamente no lugar onde estava antes e mais uma vez o nome lhe veio à mente, só que dessa vez, somado de imagens imaginando como poderia ser dali pra frente ao lado daquela pessoa.
Um toque no ombro o tirou de mais um dos longos devaneios daquele dia:

- Vamos, levante-se, vamos voltar pra casa.
- Que horas são?
- Quase quatro.
- Ok.
- Está tudo bem?
- Sempre.

ps: os pães de queijo estão uma delícia!

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