segunda-feira, 11 de março de 2013

Confusão


Sabe aquele bom dia que te desejaram? Não verão.
"Aceita?" Não.
Aquelas palavras que você disse. Em vão.
As palavras que você realmente quis dizer. Contam-se nos dedos da mão.
Como você vai ao trabalho? De  lotada condução.
E o que você consegue com isso? Uma contusão.
E então você esbarra em alguém. Era um brigão.
E aquele mundarel de gente do outro lado. Virão.
Você entra na rua errada. Contra mão.
Aquilo que você fez por muitos. Por você nunca farão.
A conta não foi paga. Ligarão.
Caminhará em público. Cuidado com o trupicão.
Algo deita sobre seus pés. Um cão.
Algo gela e dispara. Seu coração.
Aquelas músicas que você não gosta de ouvir. Tocarão.
Tudo aquilo que você não quer ouvir. Dirão.
A cabeça? À milhão.
Sabe aquele dia em que você não devia de ter saído da cama? Então...

terça-feira, 5 de março de 2013

Gole de vida, de bebida

De bar em bar, de mesa em mesa,
De paixão em paixão e de tristeza em tristeza.
Assim vivemos a vida que nos foi dada.
Dada para beber e beber para esquecer.
Esquecer daquilo que nos foi tirado.

Bebamos, erramos e vivamos,
as nossas, as vossas e as outras vidas!
Em rodas, não admitimos nosso alcoolismo,
Assim como não admitimos nossas sinas.

Só, acompanhado, aos fins de semana ou todo dia,
Bebamos em prol do amor, da dor e da poesia.
Para que digam, que falem, que se revelem.
Assim, os verdadeiros ficam e os de mentira se expelem.

Já não sei se quero um novo gole de vida.