sábado, 11 de dezembro de 2010

Mychelle: a noite. Parte I.

Tocando: Firework - Katy Perry


Ela andava solitária no meio da noite, enquanto a cidade dormia, ela perambulava entre os becos e ruas escuras que cortavam a cidade à procura de tudo aquilo que a sociedade achava ruim, podre e de pior gosto, coisa de gente bandida e marginalizada: sexo, drogas e rock'n'roll. Eram tempos difíceis. As coisas haviam mudado muito no ano de 2468. As pessoas não eram mais as mesmas, as conversas informais tornaram-se perigosas, o pensamento de todo sociedade havia se solidificado e eles só achavam correto o que era mostrado na TV, uma vida fictícia, um drama nada parecido com a vida real. Ficar exposto por tanto tempo no meio da rua era perigoso demais naqueles tempos, quando o toque de recolher era dado às 18H e ninguém mais podia sair na rua. Mas ela era desafiadora e não tinha medo do perigo, sabia lutar e se esconder quando necessário, e sabia exatamente onde fazer isso. Ela dava a cara à tapa, pulava de peito aberto, "me atiro do alto e que me atirem no peito. Da luta não me retiro!", esse era seu lema! Sempre preparada para uma boa briga. Tentava ao máximo mudar a cena daquela cidade assolada pelo desespero e pela miséria! Alguns bons e velhos amigos conseguiam ter a mesma visão que ela, de que tudo estava errado e de que era necessário abrir os olhos daquela cidade que era manipulada por pessoas que não ligavam para os seres humanos nojentos e inotáveis que moravam lá em baixo de seus pés, e sim para o dinheiro e bem estar de suas famílias perfeitas e egoístas, sem nem ao menos mencionar o fato de existirem outras pessoas com quem seus filhos poderiam se relacionar, "é perigoso demais para eles! Eles podem pegar uma doença daquela gente fétida!" dizia o presidente. Assim começa a história de mais uma cidadã de ProudCity pela busca da verdade, pelo que era correto e digno. Ela não se considerava uma heroína, mas sim, uma inspiradora e Mychelle era seu nome.

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